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Notícia26/09/19
Após exame toxicológico obrigatório, habilitações caíram 18%
Desde que o exame toxicológico se tornou obrigatório em 2016 para motoristas profissionais que transportam passageiros ou cargas houve redução de 1,16 milhão de habilitações ativas para as categorias C, D e E em todo o país. O total de licenças para dirigir passou de 6,2 milhões, em julho de 2016, para 5,1 milhões em julho de 2019, de acordo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
A queda de 18% em quatro anos, nas categorias que compreendem caminhoneiros e motoristas de ônibus, vai na contramão do aumento geral das habilitações no país, que passaram de 66,6 milhões para 72,9 milhões no mesmo período. As licenças para moto e carro, por exemplo, subiram 19%.
Os dados do Denatran apontam que as maiores quedas de habilitações C, D e E foram registradas em São Paulo (25%) e em Santa Catarina (22%). Marcio Liberbaum, presidente do Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro (ITTS), explica que, na prática, a diminuição de habilitações para veículos pesados no Brasil foi ainda maior, de cerca de 2 milhões, se consideradas as renovações esperadas para o período, com base na projeção histórica de crescimento destas licenças no país. As habilitações vinham subindo antes da obrigatoriedade do exame.
— É uma relação de nexo causal. Tivemos liminares contra o exame toxicológico obtidas pelos Detrans nos estados. Assim que foram derrubadas, em momentos diferentes, houve queda logo em seguida de habilitações. Onde houve liminar, no momento exato em que foi derrubada, houve também queda imediata de acidentalidade. Os veículos pesados são uma fração pequena da frota, mas são responsáveis por mais da metade dos acidentes com vítimas fatais. É uma proteção a todos nós. Estamos economizando vidas. O exame está produzindo resultado pro Brasil — defende Liberbaum.