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10/08/15

Números de pesquisa no Conet

DConect siteurante o Conet&Intersindical, promovido em Florianópolis, no dia 6 de agosto, o Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística (Decope), divulgou o resultado da pesquisa com cerca de 300 empresas do setor de transporte rodoviário de cargas: uma diferença de 10,14% entre os fretes praticados e os custos efetivos da atividade.

Além da defasagem, a pesquisa afirma que 80% dos empresários consideram uma piora na situação das empresas quando comparadas ao ano anterior, sendo que 84% dos pesquisados indicam queda nos negócios, devido, principalmente, à menor demanda e volume de carga, aumento dos custos e diminuição do frete.

A defasagem no frete tem sua origem tanto no acúmulo das defasagens quanto na inflação dos insumos que compõem os custos, sendo o combustível e a mão de obra, os que mais pesam na conta.

Outros custos
Além das pressões do setor com restrições à circulação nos centros urbanos, infraestrutura precária e crédito pouco acessível para capital de giro, o transportador não tem conseguido adequar a remuneração de forma completa, sacrificando, por vezes, itens fundamentais na composição tarifária, como tempo de espera para realizar carga e descarga (TDE), gerenciamento de risco e até serviços de paletização, guarda/permanência de mercadorias, entre outros.

José Hélio Fernandes, presidente da NTC, ressaltou a importância da conscientização para redução de custos e cobranças justas de frete. “O empresário precisar estar ainda mais atento aos custos em momentos de crise econômica, pois as armadilhas são grandes com a ilusão de se destacar da concorrência. É importante lembrar que, quanto menor o volume de carga, maior o custo a ser diluído nesse fluxo. A fórmula de descontos não se sustenta em longo prazo”, explica.

Ainda como agravante da situação da defasagem, a pesquisa aponta que 79% dos entrevistados não recebem o frete em dia, ou seja, com o atraso dos pagamentos, os juros dos empréstimos ou das contas a pagar tendem a complicar a contabilidade das empresas.

Índice Nacional do Custo do Transporte de Carga – Fracionada e Lotação
O número de defasagem do frete tem como base o estudo realizado pelo DECOPE sobre a variação média do INCT-F e INCT-L (Índice Nacional do Custo do Transporte de Carga – Fracionada e Lotação) no acumulado dos meses. A pesquisa, também avaliou, dentre outros temas, o impacto dos dois últimos aumentos do combustível e da mão de obra.

Além dos dois reajustes do litro do óleo diesel que representaram 7,59% de aumento durante esse ano, o dissídio, com 9% de aumento nos últimos 12 meses, e as despesas administrativas e de terminais, com 2,11% de aumento só em julho desse ano, foram os insumos que mais pesaram na atualização do índice. Essa variação média do transporte de carga registrou 10,91% para carga fracionada e 8,01% para carga lotação.

Fonte: NTC&Logística
Foto: Fetrancesc

Autor: Setracajo




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