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Notícia07/04/16
Loetz: sobre a presidência da Fetrancesc
Juiz da 2ª Vara Cível de Florianópolis, Claudio Eduardo Regis de Figueiredo e Silva, concedeu liminar que suspende assembleia marcada para hoje
Está ameaçada a recondução de Pedro Lopes ao comando da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc). O líder empresarial pretende a prorrogação de mandato por dois anos e, para isso se efetivar, convocou assembleia para hoje para decidir sobre o tema.
O sindicato de Joinville (Setracajo) reagiu e obteve na última terça-feira uma decisão liminar do juiz da 2ª Vara Cível de Florianópolis, Claudio Eduardo Regis de Figueiredo e Silva, determinando a suspensão de assembleia marcada por Lopes. O processo tem o número 0300773-18.2016.8.24.0082.
Em seu despacho – decisão com validade provisória –, o magistrado também proibiu qualquer mudança no estatuto com o objetivo de prorrogação do mandato por entender que isso não está previsto no estatuto. O juiz mantém a convocação das eleições gerais, publicada no dia 14 de março e programada para o dia 28 de abril.
Candidato
Para além de questões jurídicas e da obediência às regras estatutárias – questões importantes, claro, em linha com a necessária transparência –, há um outro componente a explicar a reação de Joinville à ideia de ampliar o tempo de mandato do grupo atualmente no poder.
É simples! O ex-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e de Operações Logísticas de Joinville, Ari Rabaiolli, é candidatíssimo a presidir uma entidade de representação estadual. E está em campanha junto aos demais sindicatos com direito a voto.
O que diz a Fetrancesc
O presidente Pedro Lopes respondeu por telefone. Disse que a argumentação da oposição é inconsistente. Avisou que recorreu da decisão judicial para manter a assembleia e que lamenta a posição do sindicato de Joinville. Lembrou que a federação investiu R$ 60 milhões para atender ao setor, inclusive com a compra de terreno de futura unidade Sest/Senat a ser construída na avenida Santos Dumont. Lopes vai além:
– Essa é uma posição isolada de Joinville. Temos ampla maioria. Só temo que essa situação dificulte futuros investimentos em mais unidades em municípios catarinenses para atendimento de caminhoneiros e de familiares. Não sei como vai agir o Sest/Senat nacional.
Claudio Loetz
claudio.loetz@an.com.br
* Publicado na Coluna Livre Mercado, do jornalista Claudio Loetz – no Jornal A Notícia (7 de abril de 2016)
