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24/01/22

Mais de 2 mil caminhões estão parados na fronteira entre Argentina e Chile por causa da Covid-19

A exigência de testes de Covid-19 para todos os caminhoneiros que viajam para o Chile tem gerado filas enormes na região de Cristo Redentor-Libertadores, na Argentina. De acordo com a imprensa local, cerca de 2 mil caminhoneiros argentinos, uruguaios e brasileiros aguardam a realização dos testes na região.

Como o Chile tem impedido a entrada dos caminhões de outros países antes da realização dos testes, os caminhoneiros que sofrem nas filas do lado argentino decidiram bloquear totalmente a entrada de caminhões que trafegam no sentido oposto, do Chile para a Argentina, e agora o problema se agravou.

De acordo com entidades ligadas ao transporte na Argentina, o protesto é espontâneo, e os próprios caminhoneiros mantém o bloqueio para os caminhões que vem do Chile, como forma de pedir agilidade na liberação para seguir viagem. Alguns motoristas estão parados há mais de 48 horas no local, que não oferece estrutura.

Além da demora, os caminhoneiros que recebem resultados positivos nos testes estão sendo “tratados como leprosos”, sendo isolados sem cuidados mínimos, em locais que não estão preparados para recebê-los.

A cada dia, chegam cerca de 900 caminhões na região do Paso Cristo Redentor, que estão se acumulando em Las Cuevas, Punta de Vacas, Uspallata e Luján. A demora para atravessar a fronteira é considerada normal pelos caminhoneiros, devido ao sistema informático obsoleto, mas, com a exigência dos testes, a demora aumentos demais.

Apesar do protesto do lado argentino, as autoridades chilenas não derem nenhuma resposta para acelerar o ingresso dos caminhoneiros ao país. Para entrar no Chile, os caminhoneiros precisam fazer um teste PCR com até 72 horas de antecedência, e mais um teste no momento que vão fazer a passagem na fronteira. No local, existem apenas 5 postos de testagem para todos os caminhoneiros.

Entidades da Argentina não são contra a “decisão soberana” do Chile em exigir os testes, mas pedem uma solução urgente para a demora, com aumento do número de postos de testagem e condições dignas para espera e para isolamento, se os testes forem positivos.

A cidade de Mendoza, na Argentina, informou que irá enviar pessoal para melhorar a assistência aos caminhoneiros da região, apesar do problema não ter sido causado pela Argentina.

Além dos atrasos para os caminhoneiros, a demora na travessia das cargas reduz a eficiência do transporte na região, causando perdas de milhões de Dólares para empresas de transporte e para os proprietários das cargas.

Fonte: Portal NTC

Autor: Setracajo




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