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Notícia28/10/20
Outubro Rosa: histórias de coração aberto no evento da COMJOVEM Joinville
Estava programado um, mas foram quatro os relatos de superação, no encontro relativo ao Outubro Rosa, promovido pelo Núcleo COMJOVEM Joinville e Região Nordeste de Santa Catarina, na noite de 27 de outubro, via Google Meet.
Tendo como pano de fundo histórias de mulheres que perceberam sinais de câncer ao se observarem, a vice-coordenadora do Núcleo, Daniela Rabaiolli, destacou como fundamental que o autoexame seja parte da rotina feminina, e até mesmo masculina.
A primeira a contar parte de sua história foi Raisa Drumond, 28 anos. Após identificar um caroço no pescoço, ela teve diagnóstico de linfoma de Hodgkin (câncer que se origina nos linfonodos, gânglios, do sistema linfático), e está na 6ª sessão de quimioterapia.
Segundo Raisa, há uma romantização da produtividade 24 horas por dia, mas o corpo não aguenta. “Eu vivia correndo, excesso de cobrança, para chegar onde? Agora, é primeira vez na vida que estou parando para me olhar, tendo coragem para dizer não”. Da Transportadora Continental e coordenadora da COMJOVEM RJ, decidiu se afastar para se cuidar.
Raísa conta que não se pergunta por que comigo? Está empenhada em ver o que pode aprender, e observa um show de aprendizado. Tem fortalecido os laços familiares, ressignificando o que é importante. “Eu não estava em primeiro lugar, mas a vida é aqui e agora e não quero deixar mais passar. O que faz a vida bela são os detalhes, não são as coisas grandiosas, mas isso tem sido colocado de forma muito invertida para todos nós”, comentou.
Ela chegou a escrever os próprios lemas para se guiar, inclusive, se permitindo ser vulnerável e menos heroica. “A doença não vai me definir. Não é porque tenho um diagnóstico duro que minha vida será dura. Podemos mudar a nossa perspectiva, por isso sou muito grata. Estou mais centrada e determinada a priorizar a minha felicidade, que antes eu postergava”.
“Nossa vida pode mudar num piscar de olhos”, começou contando Edna Silva, de 51 anos. Seu diagnóstico de tumor maligno no seio foi em 2015. A quimioterapia levou os seus cabelos, mas não sua determinação e fé. “Descobri que a oncologia do Hospital São José, em Joinville, é referência. A equipe faz de tudo para o tratamento ser leve”, contou.
Edna disse que acompanhou mulheres enfrentando a doença sozinhas, abandonadas pelos maridos. “Então posso agradecer porque, enquanto isso, meu marido sempre foi meu grande parceiro, e minha família me deu apoio seu apoio fundamental”. Ela continuará com tratamentos e acompanhamentos por mais dois anos.
A irmã, Edneia Bedin, da gestão de RH da Transville, destacou a importância da inteligência emocional, durante o processo, tanto para o paciente como familiares. “É preciso cuidar da mente para estar bem e escolher viver. Nem todos tem este entendimento nato, mas e possível ser desenvolvido”.
Tailu Gomes, da Transgobbi, tinha 35 anos quando teve diagnóstico de câncer de mama, em 2011. Fez o tratamento, mas seis anos depois foi necessário retirar a mama. Em 2019, fortes dores no abdômen a levaram novamente ao médico, e, desta vez, retirou os ovários. Está em quimioterapia e vai seguir no acompanhamento. “O que mais incomoda é a palavra metástase, mas preciso ter fé”, disse. Ela decidiu continuar trabalhando. “Continuo a minha rotina. O que mudou foi não abrir mão das férias”. Sorridente, disse não se incomodar por estar careca.
Presente no encontro, o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, parabenizou os depoimentos. Contou também que passou por um câncer de intestino, em 2006. “Fiz 30 sessões de quimioterapia e também não parei minhas atividades. Acreditava muito na cura e que superaria”, contou.
Daniela finalizou agradecendo as histórias compartilhadas de coração aberto. “Atingimos o objetivo de trazer a reflexão sobre a importância da prevenção e de enfrentar de forma positiva”.
O coordenador do Núcleo, Geovani Serafim, estava fazendo exames de cuidados com a saúde. Mesmo assim, fez questão de integrar o evento diretamente do Hospital, acompanhado da esposa Queila. “Estou me sentindo bem, por isso quis prestigiar. Bem contente porque tivemos um bom grupo acompanhando este tema tão importante,” concluiu.
APOIO
As realizações do Núcleo da Comissão de Jovens Empresários do Transporte Rodoviário de Cargas de Joinville e Região Nordeste de Santa Catarina contam com o apoio do Setracajo, da NTC&Logística e da Fetrancesc.
PATROCINADORES
O Núcleo de Jovens empresários recebe o patrocínio das empresas Rede Zandoná, Joinville Implementos Rodoviários, Cantu Pneus, Palmeira Implementos Rodoviários, Transpocred, Ideal Telecom, Trade Vale, TransDesk, Transpocred, Sinal Verde Inspeção Veicular e ESK Comunicação Visual.