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29/11/21

Pai e filho constroem uma cidade durante a pandemia

Brayan Serafim tem 9 anos e já ajudou a construir uma cidade. As obras enfrentaram as restrições da pandemia do Covid-19, porém cumpriram os prazos. Com as aulas on-line e o tempo maior em casa, Brayan fez um convite ao pai, Geovani Serafim, vice-coordenador da Comjovem Nacional: “vamos construir uma minicidade?”. Como Brayan tem um sonho e conhecer Dubay (Emirados Árabes Unidos), o nome surgiu da combinação bem-humorada dos nomes: Dubray. Ganhou até slogan: A Cidade dos Transportes, homenageando o transporte de cargas.

Geovani conta que o filho provavelmente se inspirou nas próprias brincadeiras, a partir do hábito de demarcar ruas no chão batido para brincar com seus carrinhos, em uma parte do quintal do terreno da casa onde não havia jardim. Do espaço onde a vó já tinha cultivado cebolas surgiu a fundação.

A Grande Dubray está inserida em Joinville e tem 36 metros quadrados. Brayan, como cofundador sempre esteve envolvido, até mesmo na fase de mexer com concreto e encher as caixarias. Ele também se divertiu na pintura das estradas e outras estruturas, na companhia da mãe, Queila.

Geovani conta que aproveitaram para adiantar as obras em alguns dias de expediente que permaneceu em casa, seguindo depois durante os finais de semana. O que surgiu da ideia de uma criança tornou-se uma forma de estarem ainda mais conectados, fortalecendo a relação entre pai e filho.

Em boa parte dos dias de sol, Brayan tem destino certo para passear, sua própria cidade. Ele gosta de circular por ela com seus carrinhos e caminhões, e também de receber os amigos para a diversão. “No início, ele ficou impressionado com semelhança com uma cidade real, e na medida que a construção ia evoluindo ele contava para todos o que estava surgindo”, relata Geovani.

Mesmo na expectativa do fim da pandemia, o sentimento relacionado à Dubray é de que continuará crescendo, pois sempre surgem novas ideias de expansão.

“A construção nos aproximou e mostrou que, em plena pandemia, período no qual muitas pessoas perderam parentes e amigos, nós conseguimos ficar ainda mais juntos”, destaca Geovani. E despertou várias curiosidades no menino, por exemplo, saber se as pontes de verdade também são feitas com ferro e cimento. “Acredito que ele manterá esses momentos gravados na memória para sempre, e isso tem um valor imenso”, avalia o pai.

“Esse foi um presente para nós, nesse tempo tão difícil. Acredito que muitas pessoas, da mesma forma, fizeram descobertas assim, ganhando parentes e amigos, ao perceber melhor quem estava dentro de casa e tentando estar de verdade com estas pessoas”, considera Geovani.

A Cidade dos Transportes

A cidade é feita de concreto armado e é formada por avenidas, viaduto, uma ponte estaiada, aeroporto, rodoviária, prédio da polícia, quartel dos bombeiros, posto de combustível, trilhos para trem, terminal de cargas.

Possui estruturas relacionadas ao transporte, contando com quatro torres. Cada uma representa a sede de uma entidade do Transporte Rodoviário de Cargas. A torre 1 é o Setracajo, a 2 a Fetrancesc, a 3 a NTC & Logística e a 4 a CNT.

Como a cidade cresceu rápido, os fundadores já estão com dificuldade de saber quantos carros e caminhões circulam por ela. A minicidade ficou conhecida e Brayan tem recebido várias miniaturas de colegas da Comjovem de todo Brasil. Inclusive as montadoras e fabricantes de caminhões Mercedes Benz, Volkswagen Man, Iveco e Scania já enviaram miniaturas para Dubray.

Confira vídeos das obras

Vídeo apresentado no evento nacional da Comjovem

A Cidade de Dubray chegou até mesmo a ser citada num grande evento: o Congresso NTC 2021 e XIV Encontro Nacional da Comjovem, realizado de 4 a 7 de novembro de 2021. Para enfatizar que também ocorreram coisas boas durante os desafios da pandemia, Geovani apresentou o relato positivo da construção da minicidade, exibindo um vídeo.

O encontro da Comjovem teve sabor de reencontro, voltando ao formato presencial. Na oportunidade, Geovani citou: “perdemos muito com a pandemia, mas ela também nos alertou do risco de não estarmos 100% presentes. Ele lembrou que vivia em São Paulo e falava com o Brayan pelo vídeo do celular. Agora inverteu, e, hoje, está mais em casa com ele, enquanto fala com São Paulo em vídeochamadas.

Autor: Setracajo




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