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Notícia25/11/19
PERFIL: a riqueza de amadurecer cedo e conseguir administrar o próprio tempo *
Administrar o próprio tempo. Este é um dos luxos conquistados pelo presidente do Setracajo, Wilson Steingräber Jr., ao longo da vida. Dá a ele a tranquilidade de tomar um café, às 16 horas, durante a semana, acompanhar o futebol do filho Diogo, na escola, ou dormir um pouco até mais tarde.
A conquista de tempo tem a ver com dois relevantes fatores, em sua rota de aprendizado, ao assumir a empresa Wilson Transportes: aprendeu a delegar e deixou de lado a urgência por adquirir coisas.
“Nós precisamos uns dos outros. Preciso das pessoas que me circundam. E já tive a fase de querer um determinado carro, por exemplo. Agora, particularmente, não tenho ansiedade por coisas materiais”, reflete.
“Talvez viajar mais seja minha ambição”. Apaixonado por viagens, conta a parceria da esposa Cristiane na pesquisa, organização de roteiros e preparo da mala com precisão. Com 20 anos de casados, pontua: “demorei para encontrá-la, somos muito diferentes, mas jamais pensei que teria alguém que combinasse tanto comigo”.
Por onde passa, gosta de observar o estilo de vida das pessoas, inclusive, adora ir no mercado para conhecer os diferentes hábitos à mesa e explorar novos sabores. Fazer “nada” quando viaja é outro propósito que se permite. “É um prazer sentar e olhar as pessoas passando. Me sinto conectado ao lugar e apreciando aquele momento.”
Wilson considera estar na melhor fase de equilíbrio de sua vida. Relata que, talvez, o fato de ter perdido o pai aos 25 anos tenha despertado nele a consciência sobre escalas de importância.
“A vida é maravilhosa, mas ela não combina alguns fatos conosco. Por isso, acredito na importância de simplificá-la e de estar presente com quem amamos”.
Chance para reavaliar erros
A Wilson Transportes já completou 45 anos, e mantém funcionários com 36 e 26 anos de empresa. Wilson conta que preza por relações longas porque considera reavaliar um erro. “Às vezes, erramos para acertar. Posso até ser explosivo com uma coisa boba, mas gosto de reconsiderar a situação e dar outra chance”.
Do brega ao rock no gosto musical
Quem convive um pouco com ele sabe que é fã de bandas de Rock, inclusive tem várias fotos, em apresentações diferentes, com os integrantes da pirotécnica banda de hard rock norte americana KISS. Desde os 12 anos, escuta o grupo que é emblemático pela maquiagem dos integrantes.
Mozart, Martinho da Vila e Marisa Monte ainda fazem parte da sua playlist. A surpresa é que também estão incluídos os astros do brega brasileiro Reginaldo Rossi e Odair José. “Quem pega carona comigo tem de conseguir escutar de Reginaldo Rossi a AC/DC”, conta rindo. Para ele, é uma conquista poder rir de si mesmo, aos 50 anos, completos no dia 8 de novembro de 2019. A celebração foi em uma grande festa, “leve e divertida”, conta.
O envolvimento com a música inclui escrever coluna para uma revista, na qual assina como “pai do Diogo”, e tocar contrabaixo, em casa. Reforça que a linha do contrabaixo tem muito a ver com sua postura de sim, contribuir, mas sem apego aos holofotes. “Por isso, estar à frente do Setracajo foi um grande desafio, mas de muito aprendizado”.
“Os bonitos” no esporte
Todas às segundas-feiras um grupo se reúne para jogar bola. A prática é bem comum em muitos campos de futebol. A diferença do time de Wilson, no qual faz papel de goleiro, começa pelo nome, “Os bonitos”, salientando o bom humor, e se completa com o diferencial da longevidade. O grupo existe há 32 anos. Também às terças-feiras participa de um grupo de amigos, nominados de Terças Feirinos, clube que existe há mais de 60 anos e do qual é o integrante caçula. “Amigos são aqueles que podemos contar em qualquer situação, aqueles que conhecem nossa história”, valoriza.
* Esta matéria faz parte da série de entrevistas PERFIL, com integrantes da equipe do Setracajo