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01/04/15

Pesquisa sobre a desoneração da folha

Ari reuniao Fetrancesc 20 mar 15Caso seja aprovada a proposta prevista na Medida Provisória 669 (que eleva os percentuais da desoneração da folha de 1% para 2,5%, e de 2% para 4,5%) deve gerar desemprego. Em pesquisa realizada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e de Operações Logísticas de Joinville (Setracajo), 25% dos empresários do transporte de carga pretendem dispensar acima de 11% de seus trabalhadores, enquanto 33,33% querem diminuir em 5% o quadro de funcionários e 20% manterão o quadro atual.

O alerta foi apresentado pelo presidente da entidade, Ari Rabaiolli, na reunião do Conselho de Representantes da Federação das Empresas de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc), no dia 20 de março. Na ocasião, foi promovido um debate sobre a proposta do governo federal de aumentar as alíquotas da desoneração da folha.

A pesquisa do Setracajo, realizada entre os associados, no dia 12 de março, teve como foco os impactos da MP 669, que aumenta a alíquota sobre faturamento para recolher como contribuição previdenciária patronal. Se o Congresso Nacional aprovar a MP, 16,67% dos pesquisados informam que irão cortar entre 6% e 10% dos trabalhadores, enquanto 4,17% pretendem contratar 5% sobre o atual número.

Rabaiolli informou que o Sindicato enviou questionários a cerca de 200 empresas, sendo que 24 responderam a todas as perguntas. Desse total, 70,83% são de carga lotação e 29,17% fazem transporte de carga fracionada.
Em retorno à pergunta “qual o percentual sobre o faturamento é equivalente aos 20% sobre a folha de pagamento, na sua empresa?”, 29,17% afirmaram que é de 1% a 1,5% do faturamento. Outros 25% disseram que é de 1,5% a 2%; para 20,83% dos consultados é de 2% a 2,5% do faturamento, enquanto 16,67% responderam entre 2,5% e 3%, e, por fim, 8,33% afirmaram que é mais de 3% do faturamento.

Posição do Conselho
Caso passe valer os 2,5% para o transporte, 79,17% dos pesquisados pelo Setracajo voltariam a recolher os 20% sobre a folha de pagamento e 20,83% adotariam o novo percentual sobre o faturamento. Os entrevistados também informaram qual o percentual sobre o faturamento negociariam com o Congresso Nacional: 75% defenderiam 1%, enquanto 16,67% lutariam para ficar entre 1,25% e 1,5%. Para 8,33%, o percentual poderia ficar em 3%.
A desoneração da folha feita pelo Governo deu a opção de recolher 1% sobre o faturamento, em vez de 20% sobre a folha de pagamento, e está em vigor desde 1º de janeiro de 2014. Na pesquisa, 95,83% fizeram economia com o recolhimento sobre o faturamento. Apenas 4,5% afirmaram que não. Com a desoneração 79,17% puderam contratar mais funcionários e outros 20,83% não contrataram.

No encontro, os conselheiros defenderam uma ampliação do debate e avaliação de como ficaria em Santa Catarina o número de empresas que terão de optar pela volta aos 20% sobre a folha, por não haver mais vantagem do percentual sobre o faturamento. Outras reuniões serão realizadas para definir a posição.
Fonte: JP/Imprensa Fetrancesc
Foto: Divulgação fetrancesc

Autor: Setracajo




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