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Notícia27/08/18
Se não forem feitos investimentos trecho da BR 101 pode parar em três anos
Sem a realização de investimentos, o tráfego do trecho concessionado da BR-101 nas regiões metropolitanas de Itajaí e Florianópolis vai parar em três anos, e em dez anos o cenário seria ainda mais grave com o colapso da rodovia. O alerta foi feito pelo engenheiro Newton Walter Gava, que conduziu estudo, cujos resultados foram apresentados em reunião da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística (CTL) da Fiesc, em 22 de agosto, em Florianópolis.
Gava é consultor independente e fez o estudo para o Grupo Paritário de Trabalho (GPT) do trecho concessionado da BR-101, liderado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com a participação da sociedade civil e a função de fiscalizar a concessão. A Fetrancesc integra o grupo.
Para reduzir os impactos desta previsão, a Arteris Litoral Sul apresentou dois conjuntos de obras previstas, totalizando cerca de R$ 700 milhões, sendo R$ 93 milhões para a Grande Florianópolis.
Obras que deverão gerar retornos sociais bilionários. Somente em Florianópolis, com a proposta de ampliação da pista sentido Sul-Norte, em valores reais deverão representar R$ 5 bilhões, além de cair de 47 para 28 minutos o tempo de tráfego. Já na travessia Itajaí-Navegantes a economia deverá ser de R$ 2,8 bilhões em 2029. Números que serão percebidos sobretudo em redução de acidentes, gasto com combustível, tempo parado no trânsito e redução na emissão de poluentes.
Outro benefício, segundo o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, será a contribuição com a atividade do Transporte Rodoviário de Cargas. “A cada hora em que o caminhão fica parado em congestionamento temos um custo fixo de R$ 100. Com esta previsão (apresentada na reunião), a atividade se inviabiliza e o preço também será pago pelo consumidor”, comentou ao lembrar dos dados do Anuário CNT do Transporte que apontam crescimento de 5,5% nas pavimentações em um período de 15 anos.
“É uma obra fácil, que dá para ser feita em um ano e atende com 50% a mais de capacidade, ou seja, esses congestionamentos crônicos que vemos pela manhã vão diminuir muito com tendência a desaparecer. Quer dizer, é uma obra operacional, de curtíssimo prazo, enquanto não fica pronto o Contorno”, disse Gava, lembrando que a concessionária tem os recursos para começar a obra, o projeto executivo está pronto e encontra-se em fase de orçamento para encaminhar à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Contorno Viário – O engenheiro Newton Gava disse que junto com o Contorno de Florianópolis, é preciso uma série de medidas para melhorar as condições operacionais do trecho da BR-101 que passa na região. “Essas obras propostas vão trazer até 2029 uma condição boa de tráfego, com as pistas marginais concentrando o trânsito local e, nas centrais, o tráfego regional da área metropolitana”, explicou. Em relação ao trecho que vai de Itajaí a Navegantes, o engenheiro comentou que com investimento de R$ 280 milhões haverá melhora substancial do tráfego. Mas se nenhum investimento for feito, a travessia Navegantes – Itajaí terá velocidade média de 10 km/h no horário de pico em 2029. Para que o investimento seja executado é preciso autorização da ANTT.
Aumento no tráfego na BR-101 – Na avaliação do presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, “quando tivermos as duplicações das BRs 280 e 470 isso já será um grande indutor de aumento de tráfego na BR-101”. Ele lembrou da vocação de Santa Catarina para ser uma plataforma logística importante para o Brasil e o quanto isso vai impactar em termos de movimentação rodoviária. Tanto que apontou o crescimento de 25% da população entre 2008 e 2017 no entorno do trecho concessionado da BR-101. Além disso, de 2008 a 2016 o número de estabelecimentos aumentou 34,7%; de 2009 a 2015 o percentual de veículos ampliou-se em 75,8%; e, em relação à corrente de comércio no entorno do trecho concessionado, de 2009 a 2017 o crescimento foi de 21,2%.
Porto de Itapoá – O presidente do Porto de Itapoá, Cássio José Schreiner, também participou da reunião da CTL. Ele destacou a expansão do Porto e reforçou a influência exercida na Região Sul, além de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Fonte: Assessoria de Imprensa Fiesc / Fetrancesc